CABEÇALHO-Pintura oferecida à Escola Secundária Augusto Cabrita, pelo pintor do Barreiro Kira, em homenagem ao seu amigo Augusto Cabrita.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019


O século XXI é o século dos códigos e das passwords. Qualquer um de nós está absolutamente cercado por combinações cada vez mais complexas de números, letras e PIN´s. É preciso ter um livro de suporte, onde tudo está escrito, para não endoidecermos.

Ele é código para o Multibanco, para o VISA, para o cartão de cidadão ou para o cartão de gasolina, para o portão do condomínio ou para a porta da garagem.

https://domingosamaral.com/

Se queres continuar a ler, podes procurar o resto do texto no blogue deste escritor.



terça-feira, 3 de dezembro de 2019


Agora que o Natal está a chegar aqui deixamos o dia de Natal visto por António Gedão.


Feliz Natal para todos!

Dia de Natal

Hoje é dia de ser bom.
É dia de passar a mão pelo rosto das crianças,
de falar e de ouvir com mavioso tom,
de abraçar toda a gente e de oferecer lembranças.
É dia de pensar nos outros – coitadinhos – nos que padecem,
de lhes darmos coragem para poderem continuar a aceitar a sua miséria,
de perdoar aos nossos inimigos, mesmo aos que não merecem,
de meditar sobre a nossa existência, tão efémera e tão séria.
Comove tanta fraternidade universal.
É só abrir o rádio e logo um coro de anjos,
como se de anjos fosse,
numa toada doce,
de violas e banjos,
entoa gravemente um hino ao Criador.
E mal se extinguem os clamores plangentes,
a voz do locutor
anuncia o melhor dos detergentes.

De novo a melopeia inunda a Terra e o Céu
e as vozes crescem num fervor patético.
(Vossa excelência verificou a hora exacta em que o Menino Jesus nasceu?)
Não seja estúpido! Compre imediatamente um relógio de pulso antimagnético.)
Torna-se difícil caminhar nas preciosas ruas.
Toda a gente acotovela, se multiplica em gestos esfuziante,
Todos participam nas alegrias dos outros como se fossem suas
e fazem adeuses enluvados aos bons amigos que passam mais distante.

Nas lojas, na luxúria das montras e dos escaparates,
com subtis requintes de bom gosto e de engenhosa dinâmica,
cintilam, sob o intenso fluxo de milhares de quilovates,
as belas coisas inúteis de plástico, de metal, de vidro e de cerâmica.

Os olhos acorrem, num alvoroço liquefeito,
ao chamamento voluptuoso dos brilhos e das cores.
E como se tudo aquilo nos dissesse directamente respeito,
como se o Céu olhasse para nós e nos cobrisse de bênçãos e favores.

A oratória de Bach embruxa a atmosfera do arruamento.
Adivinha-se uma roupagem diáfana a desembrulhar-se no ar.
E a gente, mesmo sem querer, entra no estabelecimento
e compra – louvado seja o Senhor! – o que nunca tinha pensado comprar.

Mas a maior felicidade é a da gente pequena.
Naquela véspera santa
a sua comoção é tanta, tanta, tanta,
que nem dorme serena.
Cada menino abre um olhinho
na noite incerta
para ver se a aurora já está desperta.
De manhãzinha
salta da cama,
corre à cozinha em pijama.

Ah!!!!!!!

Na branda macieza
da matutina luz
aguarda-o a surpresa
do Menino Jesus.

Jesus,
o doce Jesus,
o mesmo que nasceu na manjedoura,
veio pôr no sapatinho
do Pedrinho
uma metralhadora.

Que alegria
reinou naquela casa em todo o santo dia!
O Pedrinho, estrategicamente escondido atrás das portas,
fuzilava tudo com devastadoras rajadas
e obrigava as criadas
a caírem no chão como se fossem mortas:
tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá.
Já está!
E fazia-as erguer para de novo matá-las.
E até mesmo a mamã e o sisudo papá
fingiam
que caíam
crivados de balas.

Dia de Confraternização Universal,
dia de Amor, de Paz, de Felicidade,
de Sonhos e Venturas.
É dia de Natal.
Paz na Terra aos Homens de Boa Vontade.
Glória a Deus nas Alturas.

António Gedeão, in 'Antologia Poética'

Domingos Amaral
Um escritor para descobrir

Para quem ainda não leu nada de Domingos Amaral sugerimos a leitura de 



A ação decorre em Lisboa no ano de 1941. Um oásis de tranquilidade numa Europa fustigada pelos horrores da II Guerra Mundial. Os refugiados chegam aos milhares e Lisboa enche-se de milionários e atrizes, judeus e espiões. Portugal torna-se palco de uma guerra secreta que Salazar permite, mas vigia à distância. Jack Gil Mascarenhas, um espião luso-britânico, tem por missão desmantelar as redes de espionagem nazis que atuavam por todo o país, do Estoril ao cabo de São Vicente, de Alfama à Ericeira. Estas são as suas memórias, contadas 50 anos mais tarde. Recorda os tempos que viveu numa Lisboa cheia de sol, de luz, de sombras e de amores. Jack Gil relembra as mulheres que amou; o sumptuoso ambiente que se vivia no Hotel Aviz, onde espiões se cruzavam com embaixadores e reis; os sinistros membros da polícia política de Salazar ou mesmo os taxistas da cidade.
Um mundo secreto e oculto, onde as coisas aconteciam «enquanto Salazar dormia», como dizia ironicamente Michael, o grande amigo de Jack, também ele um espião do MI6. Num país dividido, os homens tornam-se mais duros e as mulheres mais disponíveis. Fervem intrigas e boatos, numa guerra suja e sofisticada, que transforma Portugal e os que aqui viveram nos anos 40."

segunda-feira, 18 de novembro de 2019


LITERACIA DA INFORMAÇÃO
- O QUE É?

Atualmente, dispomos de várias fontes de informação em vários formatos, como o texto impresso, a televisão, os vídeos, as bases de dados de bibliotecas, os sítios da Web, etc.
Para possuir competências de “literacia da informação” é necessário sentido crítico e saber:
 porquê,
 quando e
 como usar todas estas ferramentas.
A literacia da informação é um conjunto de competências que não se adquire do dia para a noite. Vão-se aperfeiçoando ao longo do tempo e através da experiência adquirida em pesquisa, seleção e avaliação da informação. Ao longo do teu percurso escolar, tens necessidade de elaborar pesquisas para os trabalhos que te vão sendo propostos. Se juntares as fontes da tua Biblioteca às da Internet tens ao teu dispor uma quantidade infindável de informação e recursos e, por essa razão, frequentemente, sentimos dificuldade em encontrar aqueles que respondem às nossas necessidades.
A - SELECIONAR, O QUÊ E COMO?
Selecionar:
                Escolher ou separar segundo critérios de qualidade ou valor.
 Há que aprender a selecionar o que necessitamos.
Para isso precisamos de:
- Conhecer as diferentes fontes de informação disponíveis
- Saber onde encontrá-las
- Aprender como selecionar as melhores
REVISTAS DE ATUALIDADES E DE DIVULGAÇÃO
Nestas revistas podes encontrar artigos e imagens que relatam acontecimentos atuais e temas de interesse geral. Deverás recorrer a uma revista de atualidades:
• Caso procures informação ou opiniões sobre acontecimentos culturais;
• Caso pretendas informação atualizada sobre outros acontecimentos da actualidade.
REVISTAS CIENTÍFICAS
Nas revistas científicas encontras artigos escritos por especialistas.
Poderás recorrer a uma revista científica:
• Para conhecer o que já foi escrito sobre uma área específica do conhecimento;
• Em busca de bibliografia que possa ser útil à tua pesquisa.
JORNAIS             
Um jornal é constituído por um conjunto de artigos sobre assuntos da atualidade diária.
Deverás recorrer aos jornais:
• Se pretendes informação atualizada sobre acontecimentos locais, nacionais ou internacionais;
• Se procuras editoriais, comentários ou artigos de opinião.
LIVROS                            
Os livros tratam de praticamente qualquer tema. Para fins de investigação, poderás procurar livros sobre o assunto que sintetizem a informação existente.
 Deverás recorrer aos livros:
• Sempre que pretendas informação específica sobre um determinado assunto;
• Para encontrar resultados de investigações que sirvam de suporte ao teu trabalho.


WORLD WIDE WEB
 A Web permite aceder a todos os tipos de informação existentes na Internet, através de um navegador (browser).
Uma das principais características da Web é a capacidade de rapidamente estabelecer ligações entre páginas e sítios diferentes mas que contenham informação relacionada com o que estamos a pesquisar.
Deverás utilizar a WWW:
• Caso procures informação ou notícias atualizadas;
• Caso pretendas informação sobre empresas/instituições;
• Para acederes ao catálogo em linha da tua biblioteca
http://www.rbe.min-edu.pt/np4/catalogos/
• Para acederes ao blogue da tua biblioteca
http://bloguebibsaugustocabrita.blogspot.pt/
AS BIBLIOTECAS E A WEB
Quando se pretende fazer um trabalho de investigação uma das dificuldades é saber por onde começar. As bibliotecas e a Web são, por excelência, os locais por onde deverás iniciar a tua pesquisa.
AS BIBLIOTECAS
 Recorrer às bibliotecas traz uma série de vantagens:
- Os recursos existentes nas bibliotecas passam por um processo de avaliação.
- São recursos de uso gratuito.
- Os recursos estão organizados.
- Os recursos permanecem nas bibliotecas.
- Nas bibliotecas há sempre alguém que te pode ajudar.
A WEB
Apesar de, frequentemente, a primeira opção ser a de recorrer à Web em busca de informação, nem sempre esta é a melhor decisão.
- Os recursos existentes não passam por um processo de avaliação (não é fiável).
- A informação não é gratuita.
- A informação não está organizada (nenhum motor de busca tem capacidade de organizar a totalidade das páginas existentes).
- Muita da informação é temporária.
SELECIONAR O QUÊ?
Agora que conheces a grande variedade de fontes disponíveis, coloca-se a questão de como selecionar as que melhor se adequam à tua investigação.
A seleção correta dependerá da informação que procuras.

O quadro que se segue ilustra bem o modo como o tipo de informação necessária pode afetar a escolha das fontes mais adequadas.
Informação atualizada sobre um caso de transplante de fígado.
Nos jornais e na Web.
Artigos de investigação sobre técnicas de transplante de órgãos.
Em revistas científicas e livros (impressos ou eletrónicos).
Artigos generalistas sobre casos de transplantes bem sucedidos.
Em revistas de atualidades (impressas ou eletrónicas).








A consulta de múltiplas fontes de informação, em vez de uma única, ajudar-te-á a construir argumentos sólidos e convincentes. Será, também, uma excelente forma de confirmares as tuas teorias e confrontares-te com diferentes pontos de vista. Definido aquilo de que realmente necessitas, é altura de pensares como e onde procurar.

B - PRONTOS PARA A PESQUISA?                        

Pesquisar é como seguir as pistas de um enigma. A pesquisa ajuda a estabelecer as relações entre a informação adquirida e as ideias pré-existentes, alargando os nossos horizontes. Depois de completo este processo, deverás ter já reunido suficiente informação para a redação do teu trabalho.



Pesquisar:
                Procurar ou investigar com o intuito de descobrir algo.


Pesquisar é investigar. Permite-nos aumentar o nosso conhecimento. A partir do momento em que começamos a dominar algumas das suas técnicas torna-se uma tarefa viciante.
Não esqueças que para se encontrar informação de qualidade é necessário tempo. Em caso de necessidade, pede ajuda aos professores que prestam serviço na tua biblioteca. A sua ajuda será valiosa.
Durante uma pesquisa, é frequente encontrarmos bastante mais informação do que aquela que realmente precisamos. Daí ser importante conseguir reduzi-la ao estritamente necessário. Nem sempre a nossa investigação conduz a qualquer tipo de informação útil. Nestes casos a persistência é fundamental. Há que tentar novas abordagens para sermos bem sucedidos.





 Apresentação
 de
 Trabalhos Orais

Fazer uma apresentação oral pode causar algum receio. Nem sempre é fácil conseguir um bom desempenho. Aqui tens algumas “dicas” que poderão ajudar-te a encarar este tipo de trabalho com mais confiança.

O que deves fazer:

·      Planifica as diferentes fases do trabalho de acordo com o tempo de que dispões.
·      Se puderes ter contigo um cartão, regista as tuas ideias principais em forma de notas.
·      Usa linguagem formal (estás a apresentar um trabalho escolar).
·      Usa frases simples para que sejas claramente entendido/a.
·      Não fales muito depressa. Faz breves pausas após cada ideia. Isso ajudará quem te está a ouvir a perceber melhor o que estás a dizer.
·      Fala de forma clara (articula bem as palavras) e num tom de voz adequado (que seja audível para todos os presentes).
·      Tem as tuas notas contigo caso te esqueças de alguma coisa.
·      Certifica-te de que as tuas opiniões são claramente expressas (não te esqueças que factos e opiniões são coisas diferentes).
·      Treina a apresentação. Se puderes, grava e “observa-te”. Se não for possível, pede a um amigo ou familiar para te ouvir e confirma se conseguiste fazer-te entender. Regista o que precisas de melhorar.
·      Olha de frente as pessoas que estão a assistir à apresentação.


O que não deves fazer:

·      Ler.
·      Ter contigo o texto integral do teu trabalho. Podes ter a tentação de começar a ler.
·      Decorar integralmente toda a apresentação. Corres o risco de te sentires “perdido/a” apenas por te esqueceres de uma palavra. Se fores interrompido/a por qualquer razão sentirás dificuldades em reatar a apresentação.
·      Usar linguagem informal.
·      Olhar unicamente para as tuas notas. É importante estabelecer contacto visual com quem te está a ouvir.

Se estás a pensar utilizar material em PowerPoint, de apoio à tua apresentação, presta atenção às seguintes regras que deves ter em consideração.

Na utilização de suportes visuais
·      Um diapositivo bem feito é aquele que tem pouca informação – o teu público não quer ler testamentos, quer frases simples e eficazes.
·      Utiliza um tamanho de letra legível de todos os locais da sala.
·      Não escrevas frases inteiras em maiúsculas.
·       Escreve frases curtas, palavras-chave, conceitos.
·      Utiliza vocabulário simples, mas adequado ao assunto.
·      Apresenta imagens: esquemas, gráficos e/ou quadros legendados.
·      Caso apresentes o trabalho num computador que não é teu, grava-o em diferentes formatos – é comum que tenhas outro programa de edição de texto/apresentação de diapositivos no computador que não é teu, e poderás ter dificuldades em abrir o trabalho.
·      Se necessitares de transportar o trabalho, e se este for em grupo, certifica-te de que não és o único elemento com o trabalho na tua pen ou num CD. Caso te esqueças de algum destes suportes, terás sempre uma solução.
·      Finalmente, adota uma postura natural, mas correta e fala de forma descontraída, utilizando gestos adequados e um discurso fluente.


Agrupamento de Escolas Augusto Cabrita

GUIÃO DE PESQUISA DE INFORMAÇÃO
ESTE GUIÃO DE PESQUISA DE INFORMAÇÃO TEM COMO OBJECTIVO AJUDAR-TE A ORGANIZAR AS VÁRIAS ETAPAS DE REALIZAÇÃO DE UM TRABALHO.
Modelo PLUS: uma estratégia para a pesquisa e uso da informação.
O modelo PLUS foi desenvolvido por James Herrings em 1996. A sigla resulta das iniciais das seguintes etapas:
Purpose – propósito/objetivo (planificação do trabalho)
Location – localização da melhor informação (fontes de informação)
Use – utilização (usar a informação)
Self-evaluation – autoavaliação (autoavaliar o trabalho)

                             ❶ PLANIFICAR O TRABALHO
·         O que pretendo com este trabalho?
·         O que é que eu já sei sobre o tema/problema?
·         Faço o "brainstorming“ das ideias que já tenho sobre o tema/problema que me foi colocado e registo-as num diagrama.
·         O que preciso descobrir/pesquisar?
·         Penso em algumas palavras-chave para procurar no índice de um livro ou num motor de pesquisa...
·         Onde posso procurar? Biblioteca, Web, ...?

❷ LOCALIZAR INFORMAÇÃO
·         Quais as fontes prováveis onde posso pesquisar?
(Livros, internet, revistas, jornais, família, comunidade…)
·         Que tipo de informação necessito?
(Factos, opiniões, biografias, quadros, mapas, entrevistas, imagens)
·  Faço uma lista das fontes que considero mais adequadas.
·         Verifico se as fontes de informação são úteis.
·         Respondem às minhas questões?
·         Registo as referências das fontes usadas (bibliografia, url…)

                          ❸ USAR A INFORMAÇÃO COM EFICÁCIA
·         Leio atentamente e verifico se entendo o que leio.
·         Seleciono informação relevante.
·         Recolho a informação em diferentes fontes (livros, pessoas, revistas, computador), usando as palavras-chave adequadas e verificando o conteúdo das páginas, índices, títulos dos capítulos, figuras e quadros.
Nota: Enquanto leio as partes relevantes de uma fonte, devo concentrar-me para verificar se esta responde às minhas questões. Se não responde, continuo a interrogar-me… e regresso às perguntas e palavras-chave.
·         Avalio ainda a informação:
- Está actualizada?
- É objetiva ou tendenciosa?
 - O autor está identificado?
- Devo procurar outras fontes?
·         Registo a informação recolhida:
 - Tomo notas, sublinho, preencho uma grelha.
 - Utilizo palavras próprias e identifico citações.
- Verifico se registei todos os dados que considero úteis.
O mais importante no registo da informação é… NÃO COPIAR!
·         Organizo a informação que recolhi.
·         Verifico se tenho todas as respostas que procurava.
·         Verifico se cumpri as indicações do professor.
·         Decido como vou apresentar o trabalho final.

                     ❹ AUTOAVALIAÇÃO
·        Reflito sobre os processos (fases) envolvidos na realização do trabalho.
·       Identifico os pontos a melhorar ao nível da planificação e procura de informação num futuro trabalho.
·         O que aprendi?
·         Pesquisei a informação da melhor forma?
·         Organizei bem o trabalho final?
·         O que devo fazer de forma diferente da próxima vez?