CABEÇALHO-Pintura oferecida à Escola Secundária Augusto Cabrita, pelo pintor do Barreiro Kira, em homenagem ao seu amigo Augusto Cabrita.

terça-feira, 12 de novembro de 2019

Porque

Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão
Porque os outros têm medo mas tu não

Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.

Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.

Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.

Sophia de Mello Breyner Andresen




Sophia de Mello Breyner Andresen
100 anos
6 de novembro 1919 - 2 de julho de 2004

Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu a 6 de novembro 1919 no Porto, onde passou a infância. Em 1939-1940 estudou Filologia Clássica na Universidade de Lisboa. Publicou os primeiros versos em 1940, nos Cadernos de Poesia
A escritora caracterizou-se por uma atitude interventiva, tendo denunciado ativamente o regime salazarista e os seus seguidores. Apoiou a candidatura do general Humberto Delgado e fez parte dos movimentos católicos contra o antigo regime. Foi ainda fundadora e membro da Comissão Nacional de Apoio aos Presos Políticos. Após o 25 de Abril, foi eleita para a Assembleia Constituinte, em 1975, pelo círculo do Porto, numa lista do Partido Socialista. Deu o seu apoio à independência de Timor-Leste..
A sua obra está traduzida em várias línguas e foi várias vezes premiada, tendo recebido, entre outros, o Prémio Camões 1999, o Prémio Poesia Max Jacob 2001 e o Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-Americana – a primeira vez que um português venceu este prestigiado galardão. Com uma linguagem poética, Sophia evoca nos seus versos os objetos, as coisas, os seres, os tempos, os mares, os dias. Em 2014, foram-lhe concedidas honras de Estado e os seus restos mortais foram trasladados para o Panteão Nacional.


segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Dia da Biblioteca Escolar 2019

Para lembrarmos este dia foram oferecidos aos alunos e professores poemas  de Manuel António Pina e Jorge Sousa Braga, alusivos à Biblioteca Escolar.  Foram também afixados poemas e textos de Carlos Drummond de Andrade e de José Luís Peixoto.

terça-feira, 27 de novembro de 2018


Exposição - Para recordar...


Há 20 anos o prémio Nobel da literatura foi atribuído a José Saramago.

quinta-feira, 11 de outubro de 2018





ANO LETIVO 2018-2019

DIA DA BIBLIOTECA ESCOLAR

“Ler? Para quê?”

Resultado de imagem para Paulo Matias alma danada

Paulo Matias, engenheiro civil, escritor e em tempos… professor nesta escola.


Para assinalar o dia da Biblioteca Escolar, iremos contar com a colaboração de Paulo Matias. É engenheiro civil, foi professor do Ensino Secundário e do Politécnico, analista de sistemas e gestor. Atualmente é quadro superior de uma empresa do setor empresarial do Estado. Habituado a lidar com números, as palavras também o atraem e este ano publicou o seu primeiro romance “ Alma danada”. Irá contar-nos como começou a interessar-se pela escrita, falar-nos do que o inspira e da importância da leitura.

Data: 22 de outubro de 2018
Hora: 9h 30m
Local: Biblioteca

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Leitura expressiva de poemas


Leitura expressiva de poemas


      Ler poesia expressivamente não é difícil, basta:


· entender o que se lê;
· sentir o que se lê;
· viver o que se lê;
· respeitar as pausas da pontuação;
· deixar transparecer os sentidos implícitos;
· ser facial e corporalmente expressivo;
· estabelecer contactos visuais intencionais com o público;
· criar cumplicidade com o auditório;
· não pensar que se trata de um poema (é um texto, simplesmente um texto que tem uma mensagem importante que queremos transmitir);
· usufruir e deixar fluir o texto...